
05 Ago O presidente da CHMS reitera a necessidade de fazer um uso responsável e eficiente do água
Analisados os parâmetros, conclui-se que o Alto e Baixo Miño estão em situação de normalidade; prealerta na bacia do Sil Superior e Inferior; e alerta nas bacias dos rios Cabe e Limia.
Medidas de poupança: evitar baldeo de ruas, irrigação de jardins, campos de desportos, eliminação de fontes, e inclusive valorizar a necessidade de levar a cabo restrições horárias do água, entre outras medidas.
A Confederação Hidrográfica do Miño-Sil (CHMS), Organismo autónomo dependente do Ministério para a Transição Ecológica e o Repto Demográfico, tem celebrado a VII reunião do Escritório/Mesa Técnica da Seca da CH Miño-Sil, constituída no passado mês de fevereiro.
Dados
A precipitação registada durante o presente ano hidrológico é um 41,8 % inferior à média histórica; os embalses encontram-se ao 51,30% de sua capacidade, o que supõe um 18,17% inferior à média histórica e os volumes circulantes um 40,1% inferiores aos habituais para esta época do ano.
Uma vez analisados todos parâmetros, atendendo ao PES – Plano Especial de Seca-, os palcos atuais são de normalidade tanto no Miño Alto como no Baixo Miño, de Prealerta na bacia do Sil Superior e Inferior e de Alerta nas bacias dos rios Cabe e Limia. Há que destacar que estamos ante no ano hidrológico mais seco da série histórica, conquanto, similares ao atual em, 2002, 2005, 2011, 2012 e 2017, o que evidência os efeitos adversos da mudança climática.
Recomendações e medidas
Como recomendações gerais, desde a CHMS recordam às Prefeituras a necessidade de realizar um uso sustentável do água e ao aplicativo de medidas de poupança; evitando baldeo de ruas, irrigação de jardins, campos de desportos, eliminação de fontes, e inclusive conminándoles a valorizar a necessidade de levar a cabo restrições horárias do água, entre outras medidas. Ademais remeter-se-ão escritos ao resto de Utentes do Água, como Comunidades de Regantes e empresas hidroelétricas, lhes instando a executar acções que melhorem a eficiência na utilização deste recurso.
Ante a situação de Alerta que se repete nos rios Cabe e Limia, instar-se-á às Prefeituras da zona a ser mais estritos com as medidas de poupança, restringindo o uso ao básico, e ser mais vigilantes com o cumprimento das recomendações e elaboração de bandos sobre o uso do recurso, como administração competente e gestora do abastecimento a populações.
Por outra parte, e atendendo às consultas de diferentes prefeituras da província de Ourense e algum do sul de Lugo sobre a problemática que surge na ganadería por falta de água para os animais, informar-se-lhes-á sobre a forma mais eficiente e rápida de obter uma Concessão Temporária, lhes remetendo as instruções oportunas e os impressos a preencher para actuar com eficácia e diligência na resolução desta problemática surgida pela seca na que estamos inmersos.
“Em decorrência da reunião debateu-se, também, a respeito da necessidade de melhorar as zonas devastadas pelos incêndios recentes, nas que teria que actuar com rapidez e diligência para evitar arrastes e filtragens que alterariam a qualidade do água dos cauces fluviales e dos acuíferos, com o interesse de proteger a saúde dos vizinhos e de melhorar o meio ambiente”, tem explicado o presidente.
“Para evitar situações mais extremas, fazemos questão de que é necessário fazer um uso racional do recurso, já que estamos ante um palco de seca meteorológica prolongada que só poderemos paliar com a colaboração conjunta das administrações, dos regantes, das empresas hidroelétricas e de os ciudadan@s em general”, tem incidido Quiroga.
“Para concluir e tendo em conta que as predições em médio prazo fazem prever que a situação de seca continuará durante os próximos meses, é imprescindível, além da adopção de medidas, o concienciar à população desde a Administração local, a mais próxima ao cidadão e competente em matéria de abastecimento, ao uso racional e responsáveis pelo ÁGUA, lhes recordando que estamos ante um recurso limitado, necessário e dependente das condições climáticas”, tem concluído o presidente da CHMS.
Fonte: CHMS