O presidente da CHMS reúne os orgãos colegiais da região, Junta de Governo, Comité de Autoridades Competentes e Conselho da Água

O presidente da CHMS reúne os orgãos colegiais da região, Junta de Governo, Comité de Autoridades Competentes e Conselho da Água

  • Explica-se à Junta de Governo o projeto de orçamento da CHMS que, para 2023, ascende a 48 milhões de euros
  • “Consolida-se a aposta pelo programa de limpeza e renovação de leitos, incrementando em 0,7 milhões em relação ao já incrementado no exercício anterior” tem explicado o presidente
  • Plano de Gestão de Região Hidrográfica: das 279 massas de água superficiais um 78,49% atingem o bom estado, quanto às águas subterrâneas a percentagem ascende ao 67%
  • Seca: fez-se especial finca-pé em que as chuvas registradas durante outubro e novembro contribuíram a melhorar a situação, conquanto, o déficit de precipitações faz que o palco de seca persista

 

A Confederação Hidrográfica do Miño-Sil (CHMS), organismo autónomo dependente do Ministério para a Transição Ecológica e o Repto Demográfico (MITECO), tem reunido esta manhã aos órgãos de governo, participação e cooperação da demarcación, -Junta de Governo, Comité de Autoridades Competentes e do Conselho do Água-, para dar conta dos conteúdos consolidados do projeto de plano de gestão de região hidrográfica para o ciclo 2022-2027, da situação de seca e do projeto de orçamento para o próximo ano.

 

ORÇAMENTO 2023

A CHMS expôs aos integrantes da Junta de Governo o projeto de orçamento para o 2023 que ascende a 48,16 milhões de euros. A CHMS continua sendo um organismo netamente investidor já que o 64% de seu orçamento de despesas destina-se a investimentos. Nesse sentido, “consolida-se a aposta pelo programa de limpeza e renovação de leitos, incrementar em 0,7 milhões em relação ao já incrementado no exercício anterior”, tem enfatizado o presidente.

“A Lei 7/2022, de Resíduos, provê aos Organismos de bacia de 50% do arrecadado por canon hidroeléctrico, percentagem que até agora era de 2%, o que fará que num futuro os organismos possam autofinanciarse” tem explicado Quiroga.

 

PLANO HIDROLÓGICO

Apresentou-se o relatório de desenvolvimento e rastreamento do aplicativo do plano de gestão de região hidrográfica vigente e relacionaram-se os principais dados relativos à evolução dos recursos hídricos da demarcación durante o ano 2020/2021, das demandas consuntivas de água, do cumprimento dos volumes ecológicos, bem como do estado das massas de água da demarcación e do avanço do programa de medidas, das situações de avenida e palcos no que a seca prolongada e escassez coyuntural se refere.

Conforme a última avaliação realizada no ano 2021, 219 massas de água superficiais atingem o bom estado das 279 delimitadas (um 78,49 %). Quanto às águas subterrâneas, 67 % delas atingem o bom estado e 2 se diagnosticaram como mau. O grau de avanço do programa de medidas é de 57,50 %, #ter executado um investimento de 252 milhões de euros.

 

SITUAÇÃO SECA

Por outra parte, e em cumprimento do plano especial de atuação em situações de alerta e eventual seca, expuseram-se os principais dados hidrometeorológicos do ano hidrológico 2021/2022 recém finalizado, bem como os do ano 2022/2023 começado no passado 1 de outubro.

Constatou-se que no ano hidrológico 2021/2022 tem sido no segundo ano mais seco da série histórica, 1980–2021, depois do ano 2016/2017, se tendo registado uma precipitação acumulada média de 694,6 l/m2, um 39% por debaixo da média histórica.

No relativo ao ano hidrológico recém iniciado (2022/2023), a precipitação acumulada média na região até 20 de novembro é de 284,8 l/m2, um 21% acima da média. Não obstante, se tem-se em conta a chuva acumulada média nos últimos 12 meses, esta segue estando por um 25% por debaixo dos valores habituais para a época do ano, pelo que a situação de seca prolongada contínua em todo o território da região.

Da mesma forma, os embalses encontram-se a 45,22% de sua capacidade máxima. Este volume é um 4,92% maior que a quantidade de água embalsamada faz um ano, 40,29%, e um 7,98% menor que a enchida média histórica nestas datas do ano, 53,2%. Os volumes circulantes pelos leitos seguem ainda uma média de 29% por debaixo do habitual.

Por tanto, ainda que as chuvas registradas durante outubro e novembro tenham contribuído para melhorar a situação, o déficit de precipitações acumulado nos últimos 12 meses faz com que o palco de seca persista. As predições em médio prazo até o final do mês de janeiro parecem prever as precipitações dentro das habituais e por isso, há uma melhora dos palcos atuais.

Fonte: CHMS