O Governo actualiza os planos de gestão do risco de inundação

O Governo actualiza os planos de gestão do risco de inundação

  • Aprovaram-se os planos da demarcación de Galiza-Costa, e das demarcaciones hidrográficas do Cantábrico Ocidental, Guadalquivir, Segura, Júcar e da parte espanhola das demarcaciones do Miño-Sil, Duero, Tajo, Guadiana, Ebro, Ceuta e Melilla
  • O orçamento total previsto é de 2235 milhões de euros
  • Os planos aprofundam especialmente no estudo do impacto da mudança climática para #preparar a seus piores impactos
  • Se priorizan actuações para compatibilizar o bom estado de massas de água com o risco de inundação, junto com projectos de adaptação ao risco em edificaciones e outros bens públicos

 

O Conselho de Ministros, a proposta do Ministério para a Transição Ecológica e o Repto Demográfico e do Ministério do Interior, aprovou o 17 de janeiro dois reais decretos que determinam, por um lado, os planos de gestão do risco de inundação (PGRI) das demarcaciones intercomunitarias do Cantábrico Ocidental, Guadalquivir, Segura, Júcar e da parte espanhola das demarcaciones hidrográficas do Miño-Sil, Duero, Tajo, Guadiana, Ebro, Ceuta e Melilla, e, por outro, da demarcación hidrográfica de Galiza-Costa.

Estes planos são uma ferramenta finque para planificar e reduzir o risco de inundação nos próximos 6 anos. Por isso, incluem medidas que consideram todas as fases do ciclo de gestão do risco, prevenção, protecção, preparação e recuperação. Em sua elaboração teve-se em conta o envolvimento de todas as administrações, e da sociedade, que deve ser partícipe de todo o processo e estar informada do risco que lhes afecta e do que podem fazer para o reduzir.

Os PGRI aprofundam especialmente no estudo do impacto da mudança climática para #preparar a seus piores impactos, de acordo com a Diretora de Inundações e a Lei de Mudança Climática e Transição Energética. Por isso, se analisou o impacto que pode ocasionar a mudança climática nas Áreas de Risco Potencial Significativo de inundação (ARPSI) designadas nos planos.

PERCEPÇÃO DO RISCO E ADAPTAÇÃO

Por outro lado, a melhora da consciência pública na preparação ante as inundações, o incremento da percepção do risco e a adopção de estratégias de autoprotección, são essenciais para poder aplicar com sucesso os planos. Por isso, uma das medidas mais importantes previstas neste ciclo é a elaboração e implantação de uma Estratégia Nacional de Comunicação do risco de inundação e adaptação à mudança climática.

Assim, os PGRI supõem a consolidação dos programas de adaptação ao risco de inundação, e incluem o desenvolvimento de programas específicos para o incremento da resiliência e a adaptação ao risco de inundação nos sectores ou âmbitos territoriais mais severamente afectados através de reais decretos de ajudas como os aprovados para diversos municípios do Campo de Cartagena (Real Decreto 1158/2020), o trecho médio do Ebro e afluentes (Real Decreto 731/2022) e a vega baixa do rio Segura (Real Decreto 786/2022).

MELHORA DOS SISTEMAS DE PREDIÇÃO E ALERTA

Neste segundo ciclo está prevista a implantação de duas ferramentas que contempla a Lei do Sistema Nacional de Protecção Civil, a Rede Nacional de Informação sobre Protecção Civil (Lei 17/2015) com o objeto de interconectar todos os dados e informações necessárias para garantir respostas eficazes ante a emergência entre as Administrações Públicas competentes, e a Rede de Alerta Nacional. Através deste sistema realizar-se-á a comunicação de avisos de emergência às autoridades competentes em matéria de protecção civil e de alerta-las meteorológicas e hidrológicas para que os serviços públicos essenciais e os cidadãos estejam informados ante qualquer ameaça.

Os PGRI prevêem também um investimento a mais de 100 milhões de euros para a modernização e optimização das redes de controle, o incremento de pontos de medida e o desenvolvimento de ferramentas informáticas para a ajuda à decisão em situação de avenidas.

SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA

Nos novos planos de gestão do risco de inundação também se potência a execução de medidas que incrementem o espaço fluvial, recuperação de habitats, criação de planícies de inundação e retranqueo ou eliminação de obras de protecção obsoletas ou com pouca funcionalidade, todo isso em coordenação com o planejamento hidrológica e a protecção dos habitats e espécies.

Mais especificamente, prevê-se a execução a mais de 100 novos projectos com um custo de aproximadamente de 570 milhões de euros, que supõe um 30% do investimento.

OBRAS DE PROTECÇÃO EM FRENTE A INUNDAÇÕES

Ao mesmo tempo também se inclui a execução de actuações estruturais que reduzem a peligrosidad de formas pontual em zonas geralmente urbanas ou que têm impacto sobre infra-estruturas que afectam à segurança das pessoas, combinadas com outras actuações de gestão e avaladas por estudos de custo-beneficio que justificam a viabilidade da alternativa seleccionada. Está prevista a execução, numa primeira fase de actuações prioritárias que contam já com estudos de custo beneficio favoráveis publicados nestes planos, às que ir-se-ão somando as actuações que se vão analisando e desenvolvendo durante este ciclo, com um total de investimento estimado nuns 600 milhões de euros.

ORÇAMENTO DOS PGRI DE SEGUNDO CICLO

O investimento previsto no segundo ciclo nos planos que hoje se aprovam é a mais de 2100 milhões de euros para as demarcaciones intercomunitarias, aos que há que somar os 109 previstos no plano da demarcación de Galiza-Costa, o que significa um incremento a mais do duplo com respeito ao orçamento dos planos de primeiro ciclo.

Um resumo mais amplo do conteúdo destes planos pode consultar na página site do MITECO.

Fonte: CHMS